Que a Graça do Senhor Bom Jesus esteja convosco.
Hoje, pela sublime graça da Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo, venho à presença de todo o povo de Deus para expor o que se segue:
Mediante a discriminação e perseguição religiosa promovidas na internet contra mim, sinto-me na obrigação de esclarecer todos sobre as calúnias e falsas acusações contra o meu sacerdócio.
Faço saber ao povo em geral que todas as acusações de campanha na INTERNET se tratam de uma grande falsidade e calúnia contra a minha pessoa.
Ressalto que, por vontade de Deus, faço parte da comunhão cristã ortodoxa através de meu Santo Batismo que recebi na minha infância por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo em um só Deus, de minha santa comunhão e santo crisma e de meu sacerdócio que por merecimento e graça recebi de meu bispo ordenante. Com muita alegria faço parte do rol clerical da fé ortodoxa que professo.
Fui ordenado e sou sacerdote da Igreja Ortodoxa verdadeira da Rússia, IPC (TOC-R.) que tem a sua origem no movimento dos zeladores da fé ortodoxa liderada então pelo santo Metropolita de Leningrado (Petrogrado) (José Petrovich) os quais na véspera do nosso natal de 1927 se separaram do novo patriarcado moscovita (criado em maio de 1927), que no início da década de 90 evidenciou as seguintes tendências: por um lado , apesar do amanhecer da liberdade religiosa que começava a cintilar na Rússia o patriarcado moscovita não empreendeu passos no sentido de restaurar na Igreja Russa a constituição canónica definida pelo sagrado concílio de Moscovo de 1917-1918, o que possibilitaria aos zeladores da fé ortodoxa da extinta união soviética manterem a comunicação com ela. Por outro lado, os zeladores da fé ortodoxa na Rússia, fiéis aos ideais históricos dos verdadeiros cristãos ortodoxos da Rússia, obtiveram a oportunidade de restabelecer nela a Santa sucessão apostólica da sua hierarquia, o que se tornou realidade, cuja sucessão apostólica é inquestionável.
A Igreja em 2004 celebrou o seu concílio local, no qual voltou a reconfirmar a fidelidade às definições do Sagrado Concílio de Moscovo de 1917-1918 como norma da sua auto-governação a qual é encabeçada pelo Arcebispo de Moscovo, Metropolita da Rússia. Não temos vínculo com o atual patriarcado Moscovita, pois somos autónomos na Rússia e fora dela, por se tratar de uma Igreja particular do antigo calendário. Apenas selamos um acordo de comunhão com algumas Igrejas de tradição do antigo calendário, como Igrejas da Grécia, Bulgária e EUA.
Não estou interessado em buscar reconhecimento por parte humana.
Nunca escondi a minha identidade a quem me procurou para este fim, seja aos leigos ou autoridades. Fui tonsurado como é de direito dentro da Igreja Ortodoxa a todos os padres e em minha tonsura recebi o nome onomástico Iacovos que quer dizer Santiago ou melhor como entender (Tiago). (Trata-se de um nome eclesiástico e não civil). As minhas ordenações foram feitas dentro das normas eclesiásticas da ortodoxia da qual sou membro com muito carinho, em Moscovo na Igreja de São Jorge no âmbito do Mosteiro São João Batista, com uso das matérias e reta intenção, na presença do Clero e convidados dando-me segurança da validade de meu sacerdócio. A mim foi repassada a minha documentação (Ukaz) com o Número 216 em 3 línguas: Russo, Espanhol e Português como de fato e de direito minha credencial que porto como documento oficial de meu ministério sob o N°217/11/10.
Não sou louco ao ponto de dizer que seria padre se não o fosse, sabendo o risco que estaria correndo, pois estaria cometendo um grande crime contra a nossa lei.
Reafirmo, sou de fato padre ordenado, pela Igreja Ortodoxa verdadeira da Rússia TOC.R. Não sou da ordem do clero católico romano, não sou anglicano, mas tenho dentro das mesmas muitos amigos que amam o próximo cumprindo as ordens de Jesus. Não me confundam como sendo parte do patriarcado moscovita, não tenho interesse nenhum e tão pouco me relaciono com ela sendo que não preciso, pois sou de uma outra hierarquia a quem devo obediência.
Pensem o que quiserem isso não me faz diferente e tão pouco invalida meu sacerdócio, sou feliz como sou e onde estou, os incomodados que rezem e sejam felizes em seu mundo e creiam no que quiserem, só sei que amo a Jesus, amo Nossa Senhora, a Santa Igreja e sua tradição de doutrina reta. A graça do Senhor Jesus, Meu único Salvador me basta.
Assumi a Paróquia Santo António (o grande) em 2005 na cidade de São Paulo - Zona leste da Capital, onde pastoreio até hoje as ovelhas de bom coração.
Repudio a prática religiosa desses que promovem diferenças e perseguições contra o seu semelhante. Do mais, o melhor é esquecerem a minha existência e o meu ministério. Nada quero desses que promovem desconforto entre os cristãos, a não ser o mesmo respeito que sempre tive pelo próximo quando decidi juntar-me à cruz sacerdotal de Cristo. Até agora fui vidraça, mas cansei- me, buscarei com toda a força os meus direitos contra a perseguição como crime cibernético, calúnia, difamação, injúria e danos contra a minha pessoa.
O mais agradeço aos meus superiores Eclesiásticos e a todos os meus amigos em todo mundo.
São Paulo 31 de Maio de 2013. Pe. Santhiago.