Ao contrário do que referem muitos incrédulos, a Eucaristia não é um "símbolo" ou um "rito vazio", mas sim o Corpo e Sangue de Jesus Cristo. A Eucaristia é a presença viva de Jesus, tão real como na Cruz como no momento em que Ele mesmo se entregou por nós para a nossa Salvação.
Mas pensemos atentamente nos argumentos em que referem tudo como uma "representação" e não como Corpo Místico e Real de Cristo:
A Hóstia, como referida por muitos evangélicos, alguns protestantes e ateus, "significa", e não o verbo ser, ou seja, "não é", mas simboliza. Assim sendo, se acreditarmos naquilo que veio da boca de Cristo, «Isto é o Meu Corpo» e «Isto é o Meu Sangue», afinal, é um erro de tradução ou de interpretação? E o que dizer então de «Quem me vê a Mim, vê o Meu Pai»?
Outra situação é que se Deus se transformasse todas as vezes em que o Sacerdote consagra e repete as palavras de Jesus, é que seria impossível ou irrealista que Deus exista (sendo Deus pela pessoa de Jesus) num pedaço de pão e num trago de vinho. Então percebo: Deus é um todo-poderoso, mas jamais se humilharia a ser homem e cruxificado e jamais se transformaria porque tal qual como se entregou à Vontade do Pai, não podia de maneira nenhuma tornar-se n'Ele numa parte da criação. Nem mesmo num pão e vinho. E então tornava-se numa aberração se assim o fosse... E então que dizer quando Deus Pai criou o homem «à Sua Imagem e semelhança», e que quando Jesus, sendo Deus feito homem e que encarnou por Maria, significa que Deus ao abaixar-se para uma Sua criação, que perderia toda a Sua Divindade... É mais difícil arranjar motivos para não acreditar do que acreditar, se pomos Deus com limitações, caprichos e orgulhoso!
Há também a ideia que apenas participamos, porque apenas "recordamos" uma memória, ou seja, por nome de respeito e ideia em homenagem a Jesus, tudo aquilo o que se passa é uma encenação ou um revivalismo de outros tempos. Ora se está escrito «Eu Sou o Pão da Vida» [João 6,48], e «Eis aqui o Pão do Céu, para que todo aquele que comer dele, não morrerá» [João 6,50] , bem como «O Pão que darei é a Minha carne para a Salvação do Mundo» [João 6,51-52], e se o Pão é a transfiguração de Jesus, como poderemos afirmar que tudo é tão irreal, tão irreal como a nossa fé que Jesus é o Deus Salvador de todos nós? Pelos vistos Deus não se contradiz, ao contrário de alguns de nós... E que dizer quando Jesus afirma: «Em verdade vos digo que se não comerdes da carne do Filho do Homem e não beberdes do Seu sangue, não tereis a vida em vós»? Então tudo isto que foi antes da Última Ceia, e que se repetiu dessa forma nessa altura, era falso? E Jesus não anunciou daquilo que Era e do que haveria de morrer?
E quanto ao sangue... Jesus "apenas" estava a beber o vinho, e isso era "banal" na altura da Páscoa judaica. Que os Actos dos Apóstolos foram escritos por outra pessoa que, claro está, não era Jesus. Portanto, tudo perde qualquer valor que se lhe dê, dado que "calhou" ser assim. Que dizer enfim, das cartas escritas pelo próprio São Paulo aos Coríntios, em que ele afirma: «O cálice da bênção que nós abençoamos, não é a comunicação do Sangue de Cristo? E o pão que repartimos, não é a participação do corpo de Cristo?» [Cor 10,16]. E naquilo que é "banal", quando Jesus disse: «Com grande desejo Eu desejei comer esta Páscoa convosco antes da Minha Paixão»? Haveria uma comida e bebida tão vulgar de causar esta procura de Jesus em a dar?
Em suma, ao contrário do que se afirma ser algo relativo, a Eucaristia tem muito valor, de tal forma que São Paulo a refere que «Prove, pois o homem a si mesmo, e assim como deste pão e beba deste sangue. Porque aquele que comer e beber indignamente, comerá e beberá a sua condenação». Se é tudo tão despropositado, se a Eucaristia não tem nada de mais, porquê focar que estar na Graça de Deus, estar no caminho de Deus é tão ou mais importante que todo aquele que não segue a Cristo e faz pouco do que é a Hóstia como Pão e o Vinho como Sangue verdadeiro de Jesus, pode perder-se para sempre? Para que é que Jesus disse : «A Minha carne é a verdadeira comida e o Meu Sangue a verdadeira bebida» [João 6,56]. Não nos parece que estejamos a ser demasiado indiferentes e irrazoáveis, de que percamos tudo por sermos desplicentes?
E certamente, se assim não fosse, seríamos bem diferentes, e atentos à Palavra de Deus e dos Seus Mandamentos. E esqueceríamos daquilo que por preguiça queremos deixar correr, porque não nos apetece, e desvalorizamos realmente quem Deus É e está. Não sejamos como sementes que crescem na rocha ou que são sufocados por espinhos... E antes das modernices, já Deus Era, É e Será para sempre; pouco importa as modas mais ou menos laicas, maçónicas ou mesmo até satânicas, porque a Sua Palavra não passará... mas o resto, tudo morre.